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quarta-feira, 29 de abril de 2009

O poder das palavras


O poder das palavras sempre me impressionou. Lembro-me de ficar envolto em meus pensamentos sobre o poder de significação que uma só palavra podia ter. A possibilidade de pronunciar uma palavra e saber que o outro iria escutá-la e ter um entendimento semelhante, até onde fosse possível, do que estava na minha mente sempre me inquietou.

Mas a palavra tem mais do que o simples poder de “transformar” pensamentos em palavras (coloco aspas porque essa é uma discussão linguística muito longa e que não cabe aqui por motivos óbvios). As palavras têm o poder de agir sobre o outro. Isto é, quando falamos, estamos agindo, já diria Austin, um grande linguista de meados do século passado.

Mas o que Austin descobriu já estava na Bíblia há muito tempo. “a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero” (Tg 3.9). Esse é o poder da língua, principal órgão que utilizamos para pronunciar as palavras. Parece que o mundo demorou a entender isso, mas, enfim, expressões como “violência verbal” mostram que a sociedade já está um tanto apercebida do que as palavras podem fazer.

Então, ao sabermos o poder desses elementos que usamos para nos expressar, é de vital importância tomarmos sobre nós a responsabilidade de utilizá-los da forma correta. E eu diria que a forma correta de utilizar as palavras é saber se elas entram nos padrões de Deus. Lembrem-se de que a nossa forma de falar também é de semelhante importância, mas esse pode ser um assunto para um post posterior.

Enfim, sugiro que o versículo seguinte seja o nosso padrão de utilização das palavras para nos expressar e, como disse, agir sobre os outros:

“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a quer for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.” (Ef 4.29)

Em Cristo,

Felipe Prestes

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