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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Mudar ou não mudar?


“O inconformismo geralmente ofende a muitos, e expõe a parte ofensiva ao questionamento pelo menos, e frequentemente a alguma coisa mais séria. O costume é um deus para a multidão, e ninguém pode negar homenagem ao ídolo impunemente.”
A. B. Bruce*

Ao ler uma citação como essa, é fácil lembrar do dito popular: “Não troque o certo pelo duvidoso.” Somos acomodados por natureza. O medo do novo aterroriza mais e mais pessoas. Parece que, quando jovens, pensamos que podemos fazer coisas novas e interferir no mundo de uma forma a torná-lo pelo menos um pouco diferente do que ele é. Pensamos (ou pensávamos, para colocar em uma perspectiva não tão jovem) que podemos (ou poderíamos) mudar, ou tentar mudar, a correnteza do normal.

Então, quando os anos vão passando, a dura face da realidade vai se mostrando a nós. Vemos que o mundo é mau. Percebemos que não há tantas pessoas em quem podemos confiar. Notamos que muitos agem por motivos escusos. Sim, as pessoas tem seus próprios interesses e vivem em torno deles somente. Mudar para quê? É melhor que as coisas continuem do jeito que estão mesmo, pois pelo menos já sabemos como agir diante do que acontece.

Desiludir-se com o mundo é normal. Mas desistir de fazer algo por ele é tudo o que não devemos fazer. Os que estão em Cristo são luz no meio das trevas nas quais este mundo está envolto. Como filhos do Rei, podemos, sim, tentar mudar essa “ordem vigente”.

Afinal, se não tentarmos, quem vai tentar por nós? Idealistas com filosofias vãs, psicopatas pelo meio ambiente ou sectaristas seguidores de religiões idólatras? Todos esses grupos que citei tem algo de positivo: eles não se conformam. Mas suas motivações são vazias e não os levarão a lugar algum.

Que o Senhor faça arder em nosso coração uma paixão pelas almas desse mundo, pelos que ainda são trevas. E o melhor que podemos fazer para mudar o mundo é brilhar a luz de Cristo “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo”. (Fp 2.15)

Em Cristo,

Felipe Prestes

*Fonte: BRUCE, A. B. O treinamento dos doze Tradução: Daniel de Oliveira. São Paulo: Arte Editorial, 2005.

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