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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Visão apurada


“antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível.” (Hb 11.27b)

Na tão vistosa galeria dos homens de fé, o autor de Hebreus explica porque aqueles homens podem ser considerados tão ilustres. O interessante é ver essa explicação acerca de Moisés, que não se amedrontou com a cólera do rei do Egito, mas permaneceu firme.

Às vezes, fico imaginando como esses homens de fé viviam. Moisés, um grande líder daquele povo, deveria sofrer duras oposições. Certamente, deveria haver aqueles materialistas, que, mesmo vendo um sinal claro de Deus, inventavam explicações naturalistas para “desmistificar” o sobrenatural. “Essas pragas nada mais são do que manifestações da natureza. Se não podemos explicá-las hoje, alguém explicará no futuro.” – é o que deveriam dizer.

Além desses, deveria haver também os pessimistas. Sabemos que a situação de escravidão do povo de Israel no Egito não era fácil, mas sempre há aqueles que pintam uma situação ruim com cores tão fortes que acabam parecendo ainda piores do que realmente são, tirando de muitos a esperança de uma possível melhora. Esses provavelmente diriam: “Nascemos escravos, morreremos escravos. Estamos fadados a esse terrível fracasso ao qual Deus nos condenou para sempre.”

Não bastasse esses problemas “internos”, ainda havia um faraó teimoso que insistia em não libertar o povo hebreu, mesmo vendo todo o juízo que Deus estava impondo sobre a terra e o povo do Egito. Mas Moisés suportou tudo isso. Ele estava vendo mais, muito mais, do que todos os seus opositores.

Um povo escravo há 400 anos. Um faraó tirano irredutível em suas decisões. Desânimo de seus liderados. Moisés via mais do que isso. Ele parecia ver aquele que é invisível, o que o fazia permanecer firme no propósito de cumprir a missão que lhe havia sido confiada. Que Deus nos dê as lentes de Moisés para que também pareçamos ver aquele que é invisível e possamos permanecer firmes diante das dores e oposições desse mundo.

Em Cristo,

Felipe Prestes

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