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quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ódio mortal


“Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino” (1 Jo 3.15a)

Não sei se há algo que traz mais indignação ao coração de um homem do que uma afronta. Aliás, creio que, se houvesse uma pesquisa sobre a maior causa de assassinatos e outros tipos de crimes violentos, as afrontas figurariam entre os principais pontos de origem de um ato violento de alguém contra outra pessoa.

A afronta dói. Parece perpassar pelos nossos órgãos, mexendo as nossas entranhas. A nossa respiração muda, nosso rosto troca de expressão e a nossa vontade é de aplicar um revide instantâneo que seja igual ou maior à injúria que foi proferida contra nós. Os que não tem controle sobre si mesmos simplesmente se entregam a esse sentimento flamejante de vingança e avançam contra o ofensor, esquecendo-se rapidamente das consequências que poderão surgir do seu contra-ataque. Como disse, talvez essa seja uma das maiores causas dos crimes violentos.

Alguns podem se controlar e simplesmente calar diante de uma injúria direta. Mas o que acontece é que, muitas vezes, aquele insulto parece criar uma bomba de ar que é enchida a cada pensamento vingança que passa pela mente do ofendido. Nesses casos, não se pode agir diretamente contra o ofensor, mas a mente vira um palco das vinganças mais cruéis que o mundo já testemunhou.

Na mente de muitos já deve estar chegando uma palavra, infelizmente, bem presente em nosso vocabulário. Sim, chamamos esse sentimento pós-afronta de ódio. Como disse, alguns manifestam esse sentimento claramente, e outros não. Contudo, se houvesse uma forma de definir os sentimentos no coração dos homens, encontraríamos a mesma coisa no coração de ambos.

O fato é que Deus não vê só o que vemos. Nós, de fato, não conseguimos entrar no coração de ninguém e saber o que cada um está sentindo ou pensando, mas o Deus onisciente sabe e vê absolutamente tudo, inclusive aqueles sentimentos e pensamentos que tentamos esconder de todos.

E Deus considera o ódio como um assassinato. Sentir vontade de fazer mal a alguém é o mesmo que fazer mal a alguém. É assim que Deus trabalha. Para Ele não existem fachadas ou máscaras.

Se alguém acha que recebeu alguma ofensa, deveria se perguntar se a afronta foi maior do que aquelas que Jesus sofreu quando estava por aqui. Ele não revidou a nenhuma delas, e, quando tentaram fazer mal aos que queriam prendê-lo, Ele repreendeu o que quis defendê-lo, dizendo que, se Ele quisesse, poderia receber milhares de anjos em Sua ajuda. Mas não era o caso no momento. Aquela era a hora do sofrimento, das afrontas que Ele tinha que receber para que as Escrituras se cumprissem e para que fôssemos salvos. O Mestre não odiou os que lhe feriam, mas sentiu misericórdia por cada um.

Portanto, aprendamos com o nosso Senhor e lembremo-nos de que não são somente ações que contam para Deus, mas os nossos sentimentos mais profundos.

Em Cristo,

Felipe Prestes

Um comentário:

Anônimo disse...

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