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sábado, 18 de julho de 2009

Arreda!

“Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.” (Mt 16.23)

Talvez essa tenha sido uma das maiores repreensões que os evangelhos registraram. Sim, Cristo chamou alguns de seus opositores de raça de víboras, sepulcros caiados, entre outros títulos nada invejáveis. No entanto, essa repreensão não foi a um opositor do Mestre, mas a um discípulo.

O que nos parece uma grande ironia se mostra, na verdade, uma grande lição de que ninguém, nem mesmo um apóstolo, está imune à influência do maligno. Mas, no momento, não é o meu objetivo mostrar quem foi influenciado, mas a forma que o inimigo usou para orientar (ou desorientar) Pedro para que aquele que negou a Cristo três vezes fizesse a vontade do deus deste século.

No contexto da situação, Jesus havia predito os acontecimentos que culminariam na sua morte e ressurreição. Logo após isso, Pedro faz o infeliz comentário: “Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá.” (Mt 16.22) Aos olhos estritamente humanos, Pedro parece fazer o bem, tendo pena do seu Mestre, não lhe desejando nenhum mal, diga-se, aos olhos humanos.

No entanto, não desejar aquele “mal” a Jesus, isto é, não haver Sua morte e ressurreição significaria pura e simplesmente não haver nem salvação, nem vida eterna para os crentes. Significaria o Filho não cumprir a missão ordenada pelo Pai.

O diabo, para cumprir sua maligna vontade, usou de um objetivo “lícito”, ou seja, a pena que Pedro sentiu de Jesus. Portanto, devemos ter cuidado com os nossos sentimentos. Se eles não estiverem afinados com a vontade de Deus, poderemos estar sendo influenciados pela vontade do maligno.

Em Cristo,

Felipe Prestes

Um comentário:

Carlos A. Bezerra disse...

Muito bom este texto. É impressionante o mal que podemos fazer simplesmente agindo pela perspectiva humana. Pedro que o diga.