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segunda-feira, 8 de março de 2010

Qual a diferença?


“A essência da impiedade é a obstinação orgulhosa deste ‘povo ímpio, que se recusa a ouvir as minhas palavras’ (Jr 13.10)”
J. I. Packer*

Palavras como essas remetem-nos diretamente a pessoas que não conhecem a Deus, homens e mulheres que desprezam deliberadamente a Sua Palavra com um senso crítico de quem se coloca igual à revelação divina ou superior a ela.

Mas o Senhor que proferiu as palavras citadas por Packer se dirigiu ao Seu povo. Sim, aqueles que receberam as promessas, que viram as tábuas da Lei, que foram alimentados pelo pão que caía do céu. Tantos privilégios teve o povo de Deus, porém quão teimosos se mostravam.

Ao olhar para aquele tempo, é fácil se comparar a eles e, naturalmente, se colocar em uma posição de superior espiritualidade. Como nos recusaríamos a ouvir as palavras do próprio Deus? Como daríamos as costas às instruções do Todo Poderoso? Que absurdo!

Olhe para nós. Temos a revelação especial de Deus em nossas mãos. Tudo o que Deus queria que soubéssemos sobre Ele mesmo está ao nosso alcance. Vidas de patriarcas, palavras de profetas, pregações de apóstolos e até os ensinamentos do próprio Deus encarnado, Jesus Cristo.

Por que a Bíblia tem sido tão esquecida nos lares, nos livros e até nos púlpitos cristãos? Quando o crente se vê diante de um problema, ele procura um psicólogo, um livro de auto-ajuda, alguém que o coloque “pra cima”. As Escrituras parecem um detalhe, quase um ornamento que sai do lugar uma vez por semana.

Quando fazemos isso, desprezamos as palavras do nosso Deus. Não damos ouvidos aos sábios conselhos daquEle a quem dizemos servir. Isso é se apoiar no próprio entendimento e se achar inteligente o suficiente para cuidar da própria vida.

Infelizmente, parece que a diferença daquele povo para os crentes de hoje está apenas nos séculos que nos separam. Que o Senhor nos ajude a voltar os ouvidos para as Suas santas e maravilhosas palavras.

Em Cristo,

Felipe Prestes

*Fonte: PACKER, J. I. O conhecimento de Deus Tradução: Cleide Wolf e Rogério Portela - São Paulo: Mundo Cristão, 2005.