Pages

segunda-feira, 28 de março de 2011

Os bons são a maioria


Depois de algumas afirmações como um manifesto ao otimismo, uma certa propaganda conclui com essa constatação: os bons são a maioria.

Mas o fato é que as próprias Escrituras afirmam: Não há justo, nem um sequer. Os homens estão piorando e a iniquidade se multiplicando. Onde estão os bons nesse mundo mau? Onde estão as boas intenções em meio a tanta corrupção? Onde está a boa vontade em meio a tanta iniquidade?

Não, não. Penso que os bons não são a maioria. Penso que os pecadores são a unanimidade. Não consigo esperar melhoras para um sistema afundado na podridão do pecado.

Sim, a tecnologia se desenvolve, mas, enquanto ela corre em quilômetros por hora, o pecado viaja a anos luz. Novas formas de praticar o mal se renovam a cada dia que passa numa variedade muito maior que todos os lançamentos tecnológicos de todas as feiras mundiais de eletrônicos.

Mas, no lugar de verem sua própria pecaminosidade, os homens continuam se considerando bons, como se suas boas obras os tornassem aceitáveis, nobres, virtuosos. Mas esta não é a verdade. São as próprias Escrituras que dizem que até as nossas obras de justiça são trapos de imundícia (Is 64.6).

Depois da queda, só houve um homem realmente bom neste mundo, e este foi o Senhor Jesus Cristo. Ele sim viveu de uma forma completamente justa. Ele foi verdadeiramente bom. Somente pela fé na morte e ressurreição de Cristo, o homem poderá nascer de novo para uma vida de boas obras.

Portanto, os bons não são a maioria. Mas os pecadores que precisam de Cristo, sim, são a unanimidade.

Em Cristo,

Felipe Prestes

sábado, 12 de março de 2011

Presença de Deus

"O tesouro de Deus é como um oceano infinito, no entanto uma pequena onda de sentimento, que passa num instante, nos satisfaz. Cegos que somos, entravamos a Deus e barramos as correntes das suas graças. Mas quando ele encontra uma alma permeada de fé viva, nela derrama suas graças e favores em abundância; para essa alma eles fluem como uma torrente que, depois de ter o seu curso normal barrado, quando encontra uma saída, alastra impetuosa suas águas represadas."
Irmão Lourenço*

Algumas citações dispensam comentários,mas clamam pela nossa reflexão. Essa é uma delas.

*Fonte: BELL, James S.; DAWSON, Antrhony P. Da biblioteca de C. S. Lewis: uma seleção de escritores que influenciaram a sua jornada espiritual [Traduzido por Almiro Pisetta] São Paulo: Mundo Cristão, 2006. pp. 34,35

sábado, 5 de março de 2011

Grego e Hebraico: necessários, ou apenas úteis?



Ontem tive minha primeira aula de Hebraico aqui no SBC. Na verdade, foi o meu primeiro contato real diante do hebraico bíblico. Confesso que esperei até meu último ano por medo. Disseram que era muito difícil, uma matéria bastante exigente. Ontem, vi que não é bem assim, é bem pior!!!

O hebraico não é uma língua muito fácil de se aprender. Na grande maioria dos aspectos, é completamente diferente do português, a começar que se escreve e lê da direita para a esquerda. Além disso, existe aquele preonceito com o Antigo Testamento, tratando-o como secundário em relação ao Novo Testamento. Por isso, o hebraico também fica em segundo plano.

Quando vi a dificuldade da matéria, logo procurei me motivar. Lembrei, então, das palavras de um outro professor: "Lembre da sua missão". Percebi que o hebraico iria ser extremamente útil para a missão que Deus tem me dado, a de pregar a sua Palavra. Lembrei também que "TODA ESCRITURA" é útil, não apenas o Novo Testamento. Assim, por que negligenciar o AT? Diante disso, as madrugadas vindouras tornaram-se fáceis de encarar.

Agora, levanto a questão: Vale realmente à pena tanto esforço? Estudar o hebraico e o grego é realmente necessário? Há quem diga que não. Eles dizem que é apenas uma ferramenta útil, mas que pode ser usada ou não. Afirmam a suficiência do português e até apelam para a história, citando nomes de pregadores bem sucedidos que nunca citaram um palavrinha dos originais. Porém, há o grupo defensor ferrenho das línguas bíblicas originais. Defendem a sua necessidade, além da sua utilidade. Já ouvi até alguns afirmarem que pregar sem usar o texto original é como assistir uma tv em preto e branco. O uso das línguas originais, por conseguinte, traz cor e maior compreensão. Estes citam outros tantos nomes de pregadores bem sucedidos que fizeram grande uso do grego e do hebraico. Enfim, quem está com a razão?

Penso que podemos ser diplomáticos aqui. Ambos estão com a razão, até certo ponto! Primeiro, pode-se pregar sem se valer do estudo das palavras originais? É óbvio que sim! A experiência é o argumento mais forte aqui. Quantos não creram através de mensagens proferidas por pregadores que não sabiam nada de grego. Eu mesmo me recordo de ótimas mensagens ouvidas em minha igreja de origem, proferidas por um pregador que não sabia nem o português direito. Além disso, as traduções, em geral, refletem bem o texto original. Os próprios eruditos no grego ainda fazem seu devocional diário no seu vernáculo. Portanto, é perfeitamente possível pregar, e pregar bem, utilizando-se apenas a tradução.

Mas o time dos "originalistas" não está sem razão. Realmente, o texto grego pode colorir uma mensagem. O conhecimento dos "tipos de ação", marca da gramática grega do verbo, traz luz e beleza para muitas passagens. Por exemplo, a frase de Cristo "Está consumado" pode ter um efeito grandioso na vida de todos. Porém, saber que ela está no perfeito, o que implica em uma ação passada de efeitos continuados até o presente, nos abrilhanta os olhos. Não apenas cor, mas correção também é, por vezes, trazida pelo estudo do texto original. Traduções não são perfeitas. Às vezes, são mais interpretações, senão sempre. O estudo do original, então, nos deixa habilitados a julgar a tradução e nos previne de ensinar o erro. (P.ex, o típico erro de se afirmar que o "IDE" de Mateus 28 não é uma ordem). Assim, a grande vantagem do estudo da línguas bíblicas é a maior precisão no ensino. Se quisermos ensinar "todo o conselho de Deus" da melhor forma possível, não podemos negligenciar o grego e o hebraico.

Agora sim que entra a diplomacia. O debate se decide em uma palavra: oportunidade. Creio que pregadores que jamais tiveram a oportunidade de estudar a língua original não podem, obviamente, serem julgados. Suas pregações são genuínas e podem perfeitamente serem utilizadas por Deus poderosamente. Inadimissível, porém, é ter a oportunidade de aprender o grego e o hebraico e, simplesmente, negligenciar. Estes, os que têm a oportunidade, não podem ser do grupo dos que acham os originais apenais úteis e dispensáveis. Pecarão por negligencia e, chuto, até preguiça. Serão como um missionário que insiste em pregar usando gestos, apenas porque acha o português muito difícil e os gestos suficientes. Portanto, a oportunidade de aprender, penso, é o que fará toda a diferença quando entivermos diante do julgamento de Deus.

Preciso finalizar com uma ilustração. Certo dia tive que monstar o berço do meu filho recém-nascido. Precisava de um martelo, mas não tinha. Tinha, porém, um espremedor de limão de ferro. Serviu? serviu, mas às vezes entortava um prego. É assim também a relação da pregação com o uso dos originais. Se tiver disponível, devemos usar para pregar melhor. Se não tiver, podemos usar a tradução, sabendo que, às vezes, algo vai sair "torto". O importante é ter o berço montado, e a Palavra proclamada.

Deus abençoe a todos vocês.
 

quarta-feira, 2 de março de 2011

Quando a doença passa...

"Tendo Jesus chegado à casa de Pedro, viu a sogra deste acamada e ardendo em febre. Mas Jesus tomou-a pela mão, e a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-lo." (Mt 8.14,15)

Dizem que só percebemos a importância de nossa saúde quando a perdemos. De fato, quando estamos enfermos, passamos a valorizar mais ações triviais do cotidiano como respirar sem obstrução (para os alérgicos), caminhar sem o corpo doer (para os que estão com a virose), ler (para os que têm graves dores de cabeça). Enfim, a lista poderia se estender.

Mas, apesar desse sentimento de quando estamos doentes, ao termos nossa saúde recobrada, esquecemos novamente o valor dela. Mas não foi isso o que aconteceu no episódio acima. A sogra de Pedro estava acamada, isto é, não devia poder se levantar de tanta febre. Os afazeres domésticos ou até uma simples caminhada estavam vetados a essa senhora.

Mas O Senhor Jesus a tomou pela mão e curou a sua febre. Aquela senhora recebera sua saúde de volta. E então o que ela fez exatamente depois disso? Passou a servir a Jesus. Os textos paralelos a esta passagem mostram que ela serviu também os discípulos.

Essa senhora nos dá um grande exemplo de disponibilidade para o serviço. O fato de ela, imediatamente depois de curada, ter passado a servir a Cristo e aos discípulos mostra o quanto ela queria servir a Cristo.

E quando você fica doente, sabia que até mesmo um paracetamol que você toma e lhe faz melhorar foi obra de Deus. E então, quando Deus tira de você a enfermidade, como você tem reagido diante dEle? Tem agradecido? Tem usado o seu vigor para servi-Lo?

Que o Senhor nos ajude a ser prontos como a sogra de Pedro para, assim que tivermos nossa saúde restituída, possamos usá-la para a glória do nosso Deus.!

Em Cristo,

Felipe Prestes