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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Desligar

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Quero aproveitar o ótimo paralelo, feito por meu parceiro de blog, em sua última postagem, entre a vida cristã e a informática. Foi formidável e muito edificante o seu ensino sobre os momentos em que precisamos “reiniciar” nossa vida espiritual. Agora quero tratar sobre o “desligar”.

Desligamos nosso computador quando tudo o que tínhamos a fazer foi realizado. Constatamos se não resta mais nada a ser feito e decidimos que estamos prontos para desligar. Após clicar na opção “desligar”, o sistema nos avisa “Seu computador pode ser desligado com segurança”.

O apóstolo Paulo demonstrou que ele “estava pronto a ser desligado”. Em Atos 20:17-24 encontramos um testemunho emocionante do seu trabalho e sua decisão de “desligar”.

No final de sua terceira viagem missionária, Paulo decidiu chamar os presbíteros de Éfeso para dar suas últimas recomendações. Seu relato tem um profundo tem de despedida. Ele mesmo afirma “não vereis mais o meu rosto”. Era como se Paulo estivesse averiguando se não havia mais nada a fazer, finalizando seu trabalho e pronto para desligar.

Ele concluiu que havia finalizado sua obra (18-21). Três grandes viagens, muito trabalho fora realizado, muitos anos se passaram, estava na hora de desligar. Paulo sabia que era chagada a hora. Ele estava indo a Jerusalém e não sabia o que aconteceria, sabia apenas que iria sofrer muito (23).

Havia algo, porém, reconhecido por Paulo, muito mais importante e interessante. O apóstolo sabia estava pronto para ser desligado. Ele disse “não considero a vida muito preciosa para mim, mas o completar a minha carreira e meu ministério”. Após completar o ministério proposto a ele por Jesus, o apóstolo dos gentios estava pronto para ser desligado com segurança. Não havia mais nada a ser feito, estava na hora de partir para os braços tranqüilos do Pai.

Assim como Paulo, também temos um trabalho a ser feito neste mundo. Fomos chamados para obedecer a Deus aguardando a volta gloriosa de Jesus (Tt 2:11-14). A pergunta que nos resta a fazer é: Já podemos ser desligados com segurança? Se morrêssemos hoje, como chegaríamos à presença do nosso Deus? Já terminamos nosso trabalho, ou ainda estamos no “modo de espera”?

Mais uma vez, que possamos dizer em uníssono com Paulo:

“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé

2 Timóteo 4:7

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Reiniciar


Não sei se há um conselho mais frequente quando há um problema no computador do que a opção “reiniciar”. Seja lá qual for a dificuldade, perguntam: você já tentou reiniciar? Não entendo tanto assim de informática, mas o que me parece é que, quando há um problema e o computador para, se ele continuar assim não vai resolver. É como se, ao reiniciá-lo, déssemos uma nova chance a ele para que renove seus processos e assim possa funcionar normalmente.

Mais que um devaneio tecnológico, podemos ver essa tentativa de recomeçar presente na vida cristã. De fato, não temos nada a acertar com o processador do nosso computador. Porém, na caminhada com Deus, há momentos de desconexão também. Às vezes, simplesmente travamos. Não caminhamos nem pra frente nem pra trás. O pecado, como um vírus, vai infectando cada área da nossa vida, uma por uma, até nos ter por completo.

O que devemos fazer, nesses casos, é identificar essa falha do sistema, diga-se o pecado. Depois de identificá-lo, mandá-lo para bem longe, livrar-nos dele e prover meios para que ele não volte mais. Fazer como Jó, que pelas palavras do próprio Deus era um homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal (Jo 1.9).

Podemos reiniciar nossa vida. O que Cristo fez na cruz permite-nos olhar para nossas falhas, apresentá-las diante dEle e clamar pelo Seu perdão. Podemos reiniciar com uma vontade sincera de não errar novamente. Vontade de desviar-se situações que nos deixem vulneráveis a ataques externos, evitar a entrada de dados que corrompam a nossa mente e manter a nossa memória sempre limpa, deletando toda sorte de impureza. Além de manter sempre atualizadas nossa leitura bíblica e nossa comunhão com o Mestre.

Ao reiniciar, que as falhas passadas não nos atormentem no presente. Que façamos coro às palavras de Paulo:

“esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3.13b,14)

Em Cristo,

Felipe Prestes